sexta-feira, 11 de março de 2011

Continuando a história

Voltamos à Belo Horizonte em 2 de janeiro e consegui uma consulta no dia 3 mesmo com um otorrino. Estava ansiosa e ai começaram os exames e consultas infindáveis...
Escolhi o otorrino em uma lista de conveniados com meu plano de saúde e que trabalhasse no hospital que escolhi para frequentar. (frequentar é ótimo, não é mesmo? quem é que gosta de frequentar hospital?).
Como em tudo na vida, fui iluminada ao escolher o otorrino. Excelente! Começamos ai a busca do que seria aquele caroço no pescoço.
Passei por vários exames como ultrassom do pescoço, onde foram detectadas "linfonodomegalias". Não era um único caroço, mas a união de vários linfonodos inflamados. Fiz também um raio X do pulmão que na visão do otorrino tinha uma pequena alteração, mas não senti nele uma preocupação maior com isso.
Como nada de mais anormal havia sido detectado ele me encaminhou para uma biópsia do caroço encontrado.
Passei então a me consultar com um cirurgião de tórax que ficou impressionado com a alteração no raio X e já me pediu uma tomografia de torax. Marcamos a biópsia e no dia marcado quando ele me atendeu já foi dizendo que já havia conversado com a pessoa responsável pela minha tomografia e que havia alguma coisa sim. Disse também que havia se surpreendido com o resultado e me deu algumas explicações sobre os linfonodos.
A biópsia foi feita e sómente alguns dias depois pude pegar o resultado da tomografia. Acho que nunca me esquecerei deste dia... Era um sábado e meu marido foi comigo buscar o resultado. Foi chocante enxergar um buraco no meu pulmão nas fotos e ler o laudo com suspeita de neoplasia com metástase. No momento que comecei a ler o resultado meu mundo caiu. Perdi meu chão e pensei logo nos meus filhos. Como ir embora deste mundo e deixar as pessoas que mais amo? Sim porque só consegui pensar que estava condenada.
Eu e meu marido nos abraçamos e choramos muito. Toda a nossa vida passava a ter outro significado despois daquele momento. Fomos para casa, reunimos nossos filhos (incluindo meu genro) e dissemos que eu tinha 90% de chance de estar com câncer. Foi um momento marcante pois minha filha estava com viagem marcada para a Espanha na próxima semana, para ficar 6 meses. A única coisa que eu pensava era que poderia não mais vê-la.

A história é longa... Continuo na próxima postagem.

2 comentários:

  1. OI
    To adorando conhecer vc mais um pouquinho e nessas hrs dificeis a melhor coisa é estar com a familia né... a minha é bem unida em todos os sentidos, nos ajudamos sempre...

    Pode contar comigo tah!
    Beijo

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